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domingo, 20 de setembro de 2009

A vanguarda e a fotografia...

Glauco Frizzera

"Eu o coloquei onde ele pudesse ouvir o mar." Georgia O"Keeffe

A fotografia norte-americana desenvolveu-se, em parte, devido ao fator econômico e ao aspecto curioso desse povo, que sempre gostou das invenções. Essa tem sido, até hoje, uma característica da fotografia: manter-se como um campo aberto para novas descobertas. Daí ter se tornado um objeto de cobiça de colecionadores e museus. Mas esse caminho foi longo e nada fácil.

O responsável por colocar a fotografia no patamar de arte, adquirindo prestígio diante das instituições, tem nome e sobrenome: Alfred Stieglitz. Mais que isso, ele foi o responsável por tirar a fotografia do estado conservador em que se encontrava, inserindo-a em um novo universo: as paredes de sua galeria: a “291 Gallery”, em Nova York, muitas vezes cedendo espaço para grandes nomes do mundo artístico da época, como Rodin, Lautrec e muitos outros.

Dono de um temperamento inquieto, Stieglitz formou-se em Engenharia Mecânica na Alemanha, quando passou a se interessar pela fotografia. Aderiu a movimentos como o Pictorialismo e fundou o Camera Club de Nova York, enquanto fotografava e escrevia artigos sobre o assunto.

No início do século passado, Stieglitz iniciou dois projetos de extrema importância para a história fotográfica, o Foto Secession e a publicação da revista Camera Work. O primeiro foi um movimento fotográfico cuja filosofia era que, através da manipulação das imagens, a fotografia poderia expressar os sentimentos, dessa forma aproximando-a das outras expressões artísticas.

Editada por ele entre os anos 1902 a 1917, a revista Camera Work tinha como principal objetivo mostrar a fotografia como arte. Publicada trimestralmente, por suas páginas passaram fotógrafos, escultores e pintores. As fotos publicadas eram reveladas uma a uma. Por esse motivo, nos dias de hoje, um exemplar da revista tornou-se uma joia preciosa para os colecionadores.

Alfred Stieglitz foi o primeiro a montar uma exposição dos modernistas europeus nos Estados Unidos. Infelizmente, a genialidade que possuía para as artes não se aplicava aos negócios, e pouco a pouco ele teve que fechar seus empreendimentos. Além de seu enorme esforço para dar à fotografia o atual status, Stieglitz também ostenta o mérito de ter produzido umas das mais importantes fotografias do Século XX, “The Steerage”, de 1907.

Stieglitz morreu em 13 de julho de 1946, com a presença de poucos amigos, como foi seu desejo. Após sua morte, Georgia O"Keeffe, com quem foi casado, doou todo seu acervo para grandes museus dos Estados Unidos. Eram mais de 3 mil fotos tiradas por ele, 850 trabalhos de arte de vários artistas, e cerca de 580 fotografias de colegas, além de sua coleção de livros sobre arte e fotografia.

fonte: http://www.seculodiario.com.br/exibir_not_coluna.asp?id=1838

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