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domingo, 20 de setembro de 2009

Henri Cartier-Bresson em São Paulo...

Fotos de toda a carreira do fotógrafo francês ficarão expostas no SESC Pinheiros até 20 de dezembro

Com um grande sucesso de público, a exposição “Cartier-Bresson: fotógrafo” foi aberta na noite de 16 de setembro, no SESC Pinheiros, em São Paulo, com uma grande festa de abertura. A mostra, que integra o calendário oficial de eventos do Ano da França no Brasil, além de expor 133 de seus mais célebres retratos, também promoveu o lançamento do livro homônimo à exposição, inédito no Brasil. No mesmo local, está exposta também a mostra paralela “Bressonianas”, que revela a influência do fotógrafo francês em seus pares brasileiros. A exposição fica aberta ao público de 17 de setembro a 20 de dezembro.

Henri Cartier-Bresson (1908-2004) é um dos mais representativos fotógrafos da história. Começou a fotografar em 1931, influenciado pelo surrealismo e ganhou notoriedade ao captar imagens tanto do cotidiano das ruas quanto alguns dos acontecimentos mais marcantes do século XX. Criou, juntamente com outros profissionais, a agência Magnum, em 1947, e seu trabalho é parâmetro e referência para fotógrafos de todas as gerações.

“Cartier-Bresson é um dos maiores e mais importantes artistas do século XX porque registrou o ser humano integrado a diversos movimentos de uma forma absolutamente expressiva e verdadeira. Seu legado é extraordinário. Por isso, merece uma exposição completa no âmbito da Ano da França do Brasil. É uma das exposições que alcançaram a maior repercussão até agora no ponto de vista de adesão do público e repercussão na mídia”, afirmou o presidente do Comissariado brasileiro do Ano da França no Brasil, Danilo Santos de Miranda.

A exposição principal tem curadoria de Robert Delpire e coordenação do fotógrafo Eder Chiodetto e ocupa dois andares do SESC Pinheiros. No térreo, estão agrupadas 40 imagens em estilo street photography, com flagrantes de rua que mostram a poesia dos gestos cotidianos. No segundo andar, estão 93 fotos divididos em dois núcleos: “Conflitos”, no qual mostra fatos jornalísticos de relevância, e “Retratos”, onde suas lentes registraram diversas personalidades.

Chiodetto afirmou ter passado os últimos dias em reflexão sobre a popularidade do fotógrafo junto ao público brasileiro, já que sentiu um nível de interesse crescente relativo à exposição. “Parei para pensar e me ficou muito claro que uma das razões disso está na capacidade que ele tinha de transformar os gestos mais prosaicos, as coisas mais simples da vida, no sublime. Muitas vezes achamos que a felicidade está em um lugar inalcançável, quando vem Cartier-Bresson e mostra uma brincadeira de criança, ou a cena de uma paisagem com alguém a passar e a desfigurá-la. Enfim, que a beleza brota das coisas mais simples”.

De acordo com o coordenador da exposição, a presença de Cartier-Bresson em uma exposição de destaque durante o Ano da França no Brasil era fundamental. “Danilo Miranda me procurou dizendo que não poderíamos fazer o Ano da França sem Cartier-Bresson. Concordei plenamente. Porque de fato a França é onde a fotografia foi inventada, e é o berço dessa linhagem humanista de fotógrafos como ele”, afirmou.

Legado
Além da exposição principal, o terceiro andar do SESC Pinheiros abriga também a mostra “Bressonianas”, com 42 imagens de sete fotógrafos brasileiros influenciados pelo mestre: Cristiano Mascaro, Carlos Moreira, Juan Esteves, Tuca Vieira, Flávio Damm, Orlando Azevedo e Marcelo Buainain. Uma extensão desta mostra paralela estará exposta na galeria externa do SESC Santana.

“Era uma proposta bastante delicada, porque o limite entre cópia e referência é tênue. Parti de uma pesquisa para saber até que ponto Cartier-Bresson os influenciou, mas com o critério de que eles tivessem mantido sua originalidade autoral. É curioso olhar as fotos, pois percebe-se que há ali a proposta estética do mestre já filtrada por um caldo cultural brasileiro. É um olhar muito mais matreiro, jocoso, irônico, muito comum à nossa cultura brasileira”, afirmou Chiodetto, que fez também referência ao conceito da “antropofagia cultural” para explicar a exposição, remetendo ao modernismo e à forma como os artistas brasileiros trabalham com as influências externas.

O fotógrafo gaúcho Flávio Damm afirmou, com bom humor, ter sido inspirado no uso de um equipamento que Cartier-Bresson jamais utilizava: “Me louvo de tê-lo copiado no uso de um componente que ele sempre levou consigo: o tripé! Mas não me refiro ao material, o tripé de metal, no qual se apóia a câmera para fazer fotografia, o qual ele não usava. Usei sim um tripé composto de três elementos: paciência, sorte e talento”.

Inédito
O livro “Cartier-Bresson: fotógrafo” foi lançado originalmente em 1979, e ganha, trinta anos depois, sua primeira edição brasileira. Trata-se uma síntese do trabalho do artista, reunindo mais de 150 fotos, incluindo todas as da exposição no SES Pinheiros. As imagens foram escolhidas pessoalmente pelo fotógrafo e pelo editor Robert Delpire. É uma co-edição das Edições SESC SP e a Cosac Naify

Para deixar a exposição ainda mais completa, um setor do andar térreo está reservado para a exibição de três filmes sobre o fotógrafo, com destaque para “A Aventura Moderna: Henri Cartier-Bresson”, de Roger Kahane, que mostra uma entrevista de 29 minutos intercalada com a exibição de algumas de suas principais obras. Nos dias 18 e 19 de setembro, o SESC Pinheiros ainda promoverá dois debates sobre o mestre, intitulados “O Acaso Objetivo”.

O evento é realizado por Magnum Fotos, SESC SP e a Fondation Henri Cartier Bresson. O livro é uma parceria entre as Edições SESC SP e a Cosac Naif.

Serviço:
Exposição “Henri Cartier-Bresson: Fotógrafo”
Área de exposições, Térreo e Sala de oficinas, 2º andar
Visitação de 17 de setembro a 20 de dezembro 2009
Terças a sextas-feiras, das 10h30 às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h30


Os patrocinadores do Ano da França no Brasil ( http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br) são:

Comitê dos patrocinadores franceses: Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros: Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.

Parceria e realização: TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, Governo Federal do Brasil, SESC, SESC SP.

Assessoria do Ano da França no Brasil: Entrelinhas Comunicação
fonte: http://www.farolcomunitario.com.br/cultura_000_0129p.htm

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