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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Tendências do design atual...


Linhas orgânicas, teto um pouco mais alto e formato monovolume marcam os novos rumos de estilo nos automóveis

Alexandre Coelho
Auto Press
Uns sonham com carros velozes, outros preferem modelos econômicos. Há quem goste do desenho dos esportivos, enquanto outros se identificam com o espírito aventureiro dos utilitários-esportivos. Em um ponto, porém, há unanimidade: todo mundo quer ter um carro bonito.

O design, as linhas, cores e o tamanho de um carro, entre outros parâmetros, reunidos, compõem o que se costuma chamar de estilo. Mais do que diferenciar um modelo dos outros, ele marca a identidade visual de uma montadora e, muitas vezes, acaba até mesmo identificado com uma época.
COMPACTOS - É possível perceber algumas tendências muito claras no estilo dos veículos que circulam atualmente pelas nossas ruas. Alguns modelos compactos, como o Ford Fiesta, o Volkswagen Fox ou o Citroen C3, têm em comum, por exemplo, o teto mais alto que o de modelos mais antigos.
Para Luiz Veiga, designer-chefe da Volkswagen do Brasil e da divisão de Design de Mercados Emergentes da VW em Berlim, tais características são mais do que tendências: são necessidades. Apesar das semelhanças, ele acha que as mudanças estilísticas variam de uma montadora para outra: "Prefiro não falar em uma tendência global, mas sim no esforço de cada marca em definir sua imagem e suas características para o futuro", avalia.

Da mesma forma que o teto mais alto é uma exigência prática do consumidor que quer carros espaçosos por dentro e pequenos por fora, outras mudanças no design dos veículos, caso das lanternas traseiras mais altas, na altura das colunas, são apenas em função de melhorar sua visibilidade.

Esse pragmatismo a quem o design acaba servindo deu origem a fenômenos como o dos monovolumes, outra tendência que, segundo avaliação das montadoras, veio para ficar. "Existe uma propensão de melhor se aproveitar o espaço interno. Como os carros não podem crescer em comprimento, é natural que cresçam para cima", explica Márcio Alfonso, engenheiro-chefe da Ford do Brasil.
CONSUMIDORAS - A crescente participação das mulheres entre os consumidores de veículos, por exemplo, impulsionou o surgimento de modelos mais altos que oferecem ao motorista melhor visibilidade e maior segurança.
Nos tempos em que os homens decidiam sozinhos, valorizavam mais a esportividade, normalmente associada à posição mais baixa de dirigir, como a dos carros de corrida. Segundo Reinaldo Siffert, gerente de marketing do produto da Peugeot, o público feminino é completamente diferente do masculino na hora de escolher um carro.

"A compra feminina é racional. A mulher pensa no custo, na manutenção, no valor de revenda, na relação diária dela com o carro. O homem pensa no impacto visual", observa.
LINHAS - A despeito das atuais tendências, os desenhos dos veículos alternam, ao longo dos anos, linhas mais curvas e linhas mais retas, acompanhando a moda de cada década.
Para Fabio Luís Birolini, desenhista industrial e engenheiro-chefe do projeto do esportivo nacional Lobini H1, o design automotivo é cíclico mas está em constante evolução. "Nos anos 70 e 80 os carros eram bem quadrados; na década de 90 eles ficaram mais arredondados e hoje se mistura as duas tendências", sintetiza.

Outro projeto com tecnologia e design nacionais é o do protótipo A4. O jipe, curiosamente, lança mão de um desenho inspirado nos modelos esportivos para dar um ar moderno a seu fora-de-estrada. Para Adolfo Cesar dos Santos, diretor da Tecnologia Automotiva Catarinense, TAC, responsável pelo projeto, a atração visual de um modelo pode ser decisivo para seu sucesso. "As pessoas se identificam mais com linhas orgânicas, arredondadas. Então, nós desenvolvemos um veículo com design que remete a um carro esportivo, longilíneo", afirmou.

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